O piloto português Miguel Pais do Amaral e o Quifel ASM Team iniciaram os treinos para as 24 Horas de Le Mans, que se disputam no próximo fim-de-semana, com alguns problemas inesperados provocados por duas passagens demasiado duras pelos correctores da pista, situação que obrigou a algumas reparações mais complexas no ZyteK 09SC da equipa portuguesa, por isso mesmo retido nas boxes durante largos períodos da sessão de treinos e de qualificação de quarta-feira.

“Primeiro foi o Olivier Pla a danificar a frente do lado direito; depois foi o Warren Hughes a estragar a mesma zona, com a agravante de que o carro voou e, ao ‘aterrar’, partiu o spliter dianteiro e rachou o reservatório de óleo”, explica Maurício Pinheiro, director-técnico do Quifel ASM Team, justificando assim a fraca prestação da equipa, que não foi além do 12º tempo por volta, a alguma distância dos adversários mais directos.

“Pensávamos realizar um tempo na casa dos 3.36,00 s., o que seria suficiente para hoje nos podermos concentrar no fine-tunning do carro”, sublinha Maurício Pinheiro, que para as jornadas de qualificações desta noite antecipa “a necessidade de continuarmos a trabalhar na melhor afinação do Zytek para tentar melhorar o tempo por volta e a posição na grelha de partida”.

Já com os três pilotos qualificados para a corrida – Miguel Pais do Amaral, Olivier Pla e Warren Hughes completaram as três voltas exigidas durante a noite de ontem – resta agora à equipa portuguesa afinar todas as soluções técnicas adoptadas para o circuito de Le Mans, nomeadamente os novos apêndices aerodinâmicos situados na parte lateral da frente, a seguir às ópticas, os Turning Vans, cuja versão desenvolvida pela ASM se revelou mais eficaz do que a proposta pela Zytek.

“As nossas esperanças mantêm-se intactas e confiamos na fiabilidade do carro para atingirmos os objectivos de chegar ao fim da corrida numa posição de relevo”, sustenta Miguel pais do Amaral.