O piloto português Miguel Pais do Amaral e o Quifel ASM Team correm, no próximo fim-de-semana, as 24 Horas de Le Mans com uma ambição muito concreta: lutar, directamente, com as mais fortes equipas não oficiais da classe rainha (LMP1) e vencê-las – o que significará chegar ao fim da prova logo a seguir aos inacessíveis Audi e Peugeot.

Hoje, após as verificações técnicas ao Zytek 09SC que será tripulado por Miguel Pais do Amaral, o francês Olivier Pla e o britânico Warren Hughes – a formação habitual para Le Mans -, António Simões, Director do Quifel ASM Team, reconhecia que os seus directos competidores são as equipas Rebellion, Oak e Pescarolo e Aston Martin, admitindo que, “dados os tempos por volta registados nas duas primeiras corridas da temporada, será possível vencê-los”.

Também Maurício Pinheiro, Team Manager da equipa portuguesa, sustenta que “parece possível lutar de igual para igual com as melhores formações não oficiais, com andamentos muito semelhantes”, sublinhando a importância que a fiabilidade assume numa corrida de 24 horas: “Quem tiver menos problemas técnicos ou quem os resolver mais depressa chegará na frente”, explica.

Foi aliás a pensar na defesa da fiabilidade do Zytek que a equipa portuguesa decidiu não aproveitar a máxima abertura do restritor de admissão do motor permitida pelos regulamentos, tendo optado por uma solução mista: abrir o restritor apenas 0,4 mm e reduzir o peso da viatura em 10 kg. “Não nos interessa ter um motor mais performante à custa de uma eventual diminuição da sua fiabilidade”, justifica Maurício Pinheiro.

Miguel Pais do Amaral comunga da ambição reinante na equipa e sublinha que “a crescente capacidade técnica revelada pela formação merece a pontinha de sorte que faltou nas duas primeiras corridas da época”. E o gentleman driver português conclui: “Ninguém consegue brilhar em Le Mans quando a sorte não ajuda”.