2010-06-13

Miguel Pais do Amaral e o Quifel ASM Team tiveram ao alcance o pódio

O sonho de chegar ao pódio da classe LMP2 das 24 Horas de Le Mans manteve-se bem vivo para Miguel Pais do Amaral e para o Quifel ASM Team durante mais de metade da corrida, mas uma série de azares acabaram por atirar a única equipa portuguesa presente na competição para a 7ª posição final na classe.

Tudo decorria conforme o planeado até à 14ª hora da prova, a meio da madrugada de hoje, quando o Zytek 09S da equipa portuguesa enfrentou um primeiro problema mecânico sério: “A luta pela 3ª posição estava controlada”, recorda António Simões, Director do Quifel ASM Team, lamentando a quebra da transmissão do lado esquerdo do carro por volta da 03h40 da madrugada (hora de Lisboa), numa altura em que se já percebia que a equipa portuguesa era a mais capaz para pressionar os dois HPD ARX.01 da frente, sem dúvida os mais rápidos da classe graças às suas motorizações Honda.

“Conseguimos reparar a transmissão em menos de 40 minutos, mas caímos para o 5º lugar, a cerca de oito voltas da 4ª posição”, recorda o “team manager” Maurício Pinheiro, lamentando que o esforço para recuperar na classificação tenha ficado comprometido, em definitivo, já perto da 09h00 da manhã, quando uma falha de travões à entrada para a curva Arnarge provocou uma batida forte de Miguel Pais do Amaral, que estava a fazer um turno excelente. “Os estragos no Zytek 09S foram grandes e o carro teve de ser praticamente reconstruído pelos mecânicos”, sublinha Maurício Pinheiro, elogiando o esforço que permitiu ao Quifel ASM Team cortar a meta no restrito grupo dos sobreviventes.

“Ainda não percebemos o que falhou naquela travagem, mas não posso deixar de salientar o trabalho feito pelos engenheiros e pelos mecânicos na recuperação do carro, ao ponto de o Olivier Pla ter feito o melhor tempo nas últimas voltas, batendo mesmo a marca dos treinos cronometrados”, refere Miguel Pais do Amaral, lamentando que o sonho do pódio se tenha esfumado de forma inglória, depois de ter ficado evidente o potencial da equipa.

António Simões sublinha isso mesmo: “A equipa mostrou grande maturidade, funcionou em pleno e isso é um sinal muito positivo para o futuro”, concluiu.